segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Exposição gratuita mostra a arte urbana do grafite


Para quem é fascinado por grafite e arte de rua, vale a pena conferir a exposição inédita do artista gráfico Marcelo Ment "Contrastes", aberta ao público no Espaço Cultural Eletrobras Furnas até o dia 4 de março. A mostra reúne intervenções visuais feitas em ruas de Paris, Barcelona, Berlim, Rio de Janeiro e outras cidades ao redor do mundo, destacando o uso das cores gradativamente em dois murais, sete telas e diversas fotografias.

Pronatec: inscrições prorrogadas até o dia 02 de março


17.02 2012 Pronatec: inscrições prorrogadas até o dia 02 de março 17/02/12Estão abertas, desde o dia 02 de fevereiro, as inscrições para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - MEC/FDE (Pronatec). Podem participar estudantes de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio Regular da rede estadual de ensino. Para se cadastrar o aluno deverá ter em mãos o número de CPF do próprio. O prazo, que terminaria no dia 22 de fevereiro, foi prorrogado até o dia 02 de março.O Pronatec é um conjunto de ações que visam a ampliar a oferta de vagas na Educação Profissional. O programa visa expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores; contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional; e ampliar as oportunidades educacionais por meio do incremento da formação profissional.A oferta de vagas acontecerá em cursos de educação profissional técnica de nível Ensino Médio no contraturno, de forma concomitante. As oportunidades são para a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Sistema S (SENAI/SENAC). A carga horária mínima é de 800h.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MURAIS DO PROFETA GENTILEZA SERÃO RESTAURADOS

Murais do Profeta Gentileza nas pilastras do Viaduto do Caju, no Rio, que serão restaurados (Foto: Tasso Marcelo/Agência Estado)

Última restauração foi feita há dez anos.Pilastras ficam no viaduto do Caju, na Zona Portuária.

Patrimônio artístico-cultural do Rio, os murais com as palavras do profeta Gentileza serão restaurados por uma equipe da Universidade Federal Fluminense (UFF). A restauração faz parte do projeto "Rio com Gentileza", que tem a finalidade de desenvolver ações para a recuperação da obra do profeta.


As palavras de José Datrino, o profeta Gentileza, que exaltavam o amor e a bondade, foram escritas em algumas pilastras da cidade do Rio. Com o passar do tempo, as cores foram dando lugar às pichações e aos descascados das paredes. As pilastras restauradas serão as do Viaduto do Caju, na Zona Portuária do Rio.


No dia 6 de maio, haverá o lançamento do projeto, na Rodoviária Novo Rio, a partir das10h. O objetivo é que sejam restauradas 56 pilastras, num prazo de oito meses.


Livro Urbano

À frente do projeto está Leonardo Caravana Guelman, arquiteto e professor da UFF. Ele também participou da primeira restauração das pilastras, em 2000, e acredita que a ação é essencial para a cidade do Rio." Esta ação é uma forma de humanizar a cidade, as obras do Gentileza precisam ganhar vida," disse Leonardo.


Segundo Leonardo, o profeta Gentileza escreveu propositalmente suas palavras e pensamentos na entrada da cidade. "É um livro urbano na entrada da cidade, este precisa ser lido por todos", disse.

Fonte: G1.com.br



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

REGINA SILVEIRA







Que tal uma tarde de pipoca, algodão-doce e cultura? Se você estiver no Rio de Janeiro, toque para o Centro Cultural Banco do Brasil. O espaço carioca, que sempre tem um programa bacana na grade, completa 20 anos hoje. E, como é dia das crianças, a festa vai ter distribuição de guloseimas e balões, olha que simpático. O aniversário promete ser animado. Às 11h, será aberta a exposição Linha de Sombra, de Regina Silveira, uma coletânea de obras em que as sombras - tema recorrente no trabalho de Regina - aparecem ou são representadas de diversas maneiras. Além da mostra, os visitantes também poderão conferir performances de escolas de teatro, que serão realizadas de hora em hora. Durante o resto do mês, estão agendadas várias outras atrações visuais, musicais e teatrais para celebrar as duas décadas do centro cultural, que fica na rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro. Confira a programação completa no site do CCBB.

UM ESTRANHO NO PALÁCIO


Xavier Veilhan é um artista francês touche à tout, expressão utilizada para aquelas pessoas que possuem um talento eclético e que trabalham vários meios de expressão. Veilhan é fotógrafo, designer e escultor. Do dia 13 de setembro até 13 de dezembro vocês poderão ver as obras que este artista realizou especialmente para serem expostas no castelo de Versailles.

Entre várias peças, vocês verão esta corroça roxa instalada na cour d’honneur do castelo. Uma referência às carruagens que deveriam transitar por este mesmo lugar nos séculos passados.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

28 DE OUTUBRO É DIA INTERNACIONAL DA ANIMAÇÃO!


Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro celebrará o Dia Internacional da Animação com sessões nacionais, internacionais e infantis, além de sessões para deficientes auditivos e visuais.


A Mostra Oficial acontecerá em um dos principais, maiores e mais tradicionais cinemas do Rio de Janeiro - o Cine Odeon BR - seguida de coquetel no local, conforme a programação abaixo: Mostra Oficial – Curtas Brasileiros e Estrangeiros (recomendada para maiores de 16 anos)Entrada FrancaLocal: Cine Odeon BREndereço: Praça Floriano, n° 7 - CinelândiaCapacidade: 600 lugares19h30min – Sessão Internacional20h30min – Sessão Nacional21h30min – CoquetelO evento contará com a presença de três diretores selecionados para a Mostra Nacional, da coordenação nacional do DIA e de membros da diretoria da ABCA. Coordenação Local: Marão
Telefone: (21) 2547-7711

***As sessões para deficientes visuais serão exibidas dia 22/10, no Instituto Benjamin Constant, conforme a programação abaixo:Local: Instituto Benjamin ConstantEndereço: Av. Pasteur, n° 350/368 - Urca13h - Sessão de Animações nacionais para deficientes visuais (Infantil) 15h - Sessão de Animações nacionais para deficientes visuais (adulto)***A sessão Nacional e a sessão infantil serão exibidas e reprisadas em cineclubes e lonas culturais durante as semanas seguintes, conforme a programação abaixo:CIad (Público PNE - Pessoas com Necssidades Especiais)Sessão: Mostra InfantilLocal:Data: 28/10Horário: 14hCineclube AnkitoSessão: Mostra NacionalData: 30/10Local: IFRJ - Campus Nilópolis (Rua Lúcio Tavares, n° 1045, sala 231-A - Centro)Horário: 12h30min


terça-feira, 13 de outubro de 2009

A moda das Pin-ups está voltando!





O termo “pin-up” foi mencionado pela primeira vez em 1941, contudo, há referências a partir de 1890. As pin-ups se popularizaram nas revistas, jornais, assim como nos postcards ou nas litografias. Os posters das pin-ups tiveram uma produção em massa, e por muito tempo elas ficaram conhecidas como garotas de calendário. Até hoje a moda faz referência à sensualidade dessas mulheres com seus rostos delicados, olhos delineados, lábios pequenos e avermelhados, bochechas rosadas, cintura fina, seios fartos e coxas grossas. Alguns desenhistas ficaram famosos, como Alberto Vargas, George Petty, Gil Elvgren e Art Frahm. Em 1953 surgiu uma revista, que levava na capa a jovem Marilyn Monroe de biquini amarelo.Até os anos 70, as pin-ups vendiam desde talco até chocolate.Vale à pena ver de novo!
Postado por Janeisa Tomás, 31/01/2009.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

GALERIA LAURA ALVIM RECEBE EXPOSIÇÃO DE ANGELO VENOSA




Extraído de: Governo do Estado do Rio de Janeiro - 23 de Setembro de 2009

A Galeria Laura Alvim, na Casa de Cultura Laura Alvim, com o patrocínio da Secretaria de Cultura, inaugura nesta quarta-feira (23/09) a mostra individual Turdus, de Angelo Venosa. A mostra teve como matéria-prima o crânio de um suposto sabiá, que serviu de ponto de partida para a confecção de cinco peças inéditas, sendo quatro de grandes dimensões.

Venosa submeteu a cabeça do pássaro a uma ressonância magnética para ter mais detalhes e mais tons de cinza do que lhe daria uma tomografia. O artista também precisava segmentar o crânio do sabiá em cortes transversais.

- Como em uma aula de dissecação, o artista retira a pele dos objetos para chegar aos elementos estruturais de seu corpo, aos pilares da forma. O esqueleto é o que sobra, mas é essa sobra que parece interessar ao artista como objeto pleno e vivo - diz Ligia Canongia, curadora da Galeria Laura Alvim.

A abordagem científica, técnica, tecnológica é só parte do processo, como explica Venosa:
- Há uma diferença entre projeto e realização, entre a precisão dos meios e aquilo que a obra revela, uma palpitação, que é o que me interessa.

Nos anos 90, quando começou a lidar com as camadas não visíveis de objetos, o artista cerrou à mão um modelo de cabeça de fêmur em gesso, depois de escaneada. Venosa chegou a pedir emprestada de um chef amigo uma máquina de cortar frios, tão precárias eram as ferramentas à época. Salvou-o um condenado à morte nos EUA, cujo corpo foi doado para pesquisa.

O cadáver foi fatiado, a partir do qual foi criado o projeto digital The visible human, do qual se utilizou em seu trabalho.


Segundo o escultor, apesar da forma de ser vivo, o crânio do passarinho vira "uma coisa" para seu propósito escultórico.

Intitulada Ah· ,Venosa construiu uma peça com galhos de madeira, unidos por uma ponta de cobre. Esta forma, diz ele, nada tem a ver com a ressonância magnética. A madeira que um assistente trouxe para o ateliê para esta obra chama-se sabiá. Mera coincidência.

Uma segunda escultura ganhou o título de Há, feita em lâminas de madeira que fazem um volume, ora empilhadas, ora separadas. Os títulos das duas peças têm o mesmo som. São separadas pela grafia.

Sob o título Turdus, o mesmo da exposição, Venosa colou 170 placas de acrílico preto e transparente, cada uma reproduzindo um corte da ressonância magnética. As fatias são coladas umas às outras, construindo a forma do crânio do sabiá.

A peça-mote da mostra está presente dentro de uma caixa de acrílico transparente.
Em 2008, a editora Cosac Naify lançou um livro sobre sua obra. Ainda este ano, Venosa expõe no Museu Chácara do Céu, no ciclo Ateliê da Gravura, e faz individual na Galeria Mercedes Viegas, no Rio de Janeiro.

Serviço
Angelo Venosa "Turdus"
Escultura
Galeria Laura Alvim
Curadoria: Ligia Canongia
Abertura: quarta-feira (23/9), 19h
Em cartaz: até 15 de novembro
Terça a domingo, das 13 às 21h
Grátis
Autor: Por Ascom da Secretaria de Cultura

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ESCULTURAS EM EXPOSIÇÃO NA CÂNDIDO MENDES



Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009



Até o dia 30 de setembro, a unidade Méier da Universidade Cândido Mendes está com a mostra gratuita “Esculturas do mar”. As obras, de autoria do artista plástico Antonio Fernandes Varela, são criadas a partir de elementos poluidores encontrados na natureza e tem como inspiração o trabalho do polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg, conhecido por sua atuação como ativista ecológico e por criar esculturas elaboradas com madeira calcinada.Varela é engenheiro agrônomo de formação e pinta desde os 15 anos de idade. Hoje, o artista está com 58 anos e dedica-se mais enfaticamente às esculturas.As obras da mostra estão expostas na galeria da Universidade Cândido Mendes do Méier, que fica no Méier Off-Shopping, também conhecido como Galeria Oxford.

Esculturas do marAté 30 de setembro. Entrada franca. Universidade Cândido Mendes do Méier: Rua Dias da Cruz, 188, 3º andar – Méier Off-Shopping Tel: 21 3899-1613


Frans Krajcberg (kozienica, 12 de abril de 1921) é um pintor, escultor, gravador e fotógrafo, nascido na Polônia e naturalizado brasileiro.Com o início da Segunda Guerra Mundial em 1939, Krajcberg buscou refúgio na União Soviética, onde estudou engenharia e artes na Universidade de Leningrado. Em 1941 engajou-se no Exército Polonês, e lutou até o fim da guerra em 1945. Residiu na Alemanha prosseguindo seus estudos na Academia de Belas Artes de Stuttgart.


Chegou ao Brasil em 1948, vindo a participar da primeira Bienal de São Paulo, em 1951. Durante a década de 1950 o seu trabalho era abstrato.De 1958 a 1964 viveu entre as cidades de Paris, Ibiza e Rio de Janeiro, onde produziu os seus primeiros trabalhos fruto do contato direto com a natureza. Na década de 1960 morou em uma caverna no Pico da Cata Branca, região de Itabirito, no interior de Minas Gerais. Ali na região, à época, era conhecido como o barbudo das pedras, uma vez que vivia solitário, sem conforto, tomando banho no rio vizinho, enquanto produzia, incessantemente, gravuras e esculturas em pedra.


Em 1964, executou as suas primeiras esculturas com troncos de árvores mortas. Realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Matogrossense, fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para as suas obras, como raízes e troncos calcinados. Na década de 1970 ganhou projeção internacional com as suas esculturas de madeira calcinada.A sua obra reflete a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica, e a sua constante preocupação com a preservação do meio-ambiente. Atualmente, o artista tem se dedicado à fotografia.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

HOMENS DE GELO DERRETEM EM ATO CONTRA AQUECIMENTO GLOBAL

ONG WWF diz que 25% da população sofrerá com degelo das calotas polares

Berlim, Alemanha. Cerca de mil esculturas de gelo feitas pela artista brasileira Nele Azevedo ficaram expostas, ontem, nas escadarias do Concert Hall, em Berlim, na Alemanha. A artista alerta para as graves consequências que o efeito estufa está causando ao planeta Terra.

A manifestação, patrocinada pela ONG Fundo Mundial para a Natureza, a WWF, visa a chamar a atenção do mundo para o derretimento das calotas polares em razão do aquecimento global. Com o ato, a artista quis mostrar que "se algo não for feito estaremos fadados à fúria da natureza".

Os homens em miniatura foram expostos sob o sol, as esculturas derreteram em meia hora simbolizando o efeito que pode causar ao homem.

Documento. De acordo com um estudo publicado ontem pela WWF, quase 25% da população mundial está ameaçada pelas inundações em consequência do degelo do Ártico. O estudo foi publicado à margem da conferência sobre o clima que acontece em Genebra até 4 de setembro. Segundo a ONG, o nível dos mares pode subir mais de um metro até 2100 com o impacto do aquecimento global sobre as calotas polares. A projeção, aproximadamente duas vezes maior do que o número da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros órgãos, leva em conta o impacto do desaparecimento das calotas da Groenlândia e da Antártida ocidental.

A subida acentuada do nível dos mares também pode inundar regiões costeiras em todo o mundo. "Se permitirmos que o Ártico fique muito quente, há dúvidas sobre se seremos capazes de manter esse controle", disse Martin Sommerkorn, do programa para o Ártico do WWF, em comunicado. "É urgentemente necessário que controlemos as emissões de gases do efeito estufa, enquanto ainda podemos."

A grande perda de gelo marinho resultante do aquecimento duas vezes mais rápido do Ártico em relação ao resto do mundo vai afetar as condições climáticas muito além dos polos, de acordo com a WWF. Europa e América do Norte podem, por exemplo, passar por invernos atipicamente frios, ao passo que a Groenlândia pode ter invernos mais quentes com a mudança de umidade e a subida do nível dos mares. Além disso, o aquecimento do Ártico pode se tornar em si um motor para o aquecimento global.

"Atualmente, o Ártico aquece duas vezes mais rápido do que a Terra, o que constitui uma ameaça a todo o planeta", disse o chefe de política climática da WWF Suíça, Patrick Hofstetter, citado no comunicado. À medida que a extensão do gelo diminui e que a superfície dos oceanos aumenta, a quantidade de energia solar absorvida também aumenta. "Isso faz com que as temperaturas subam mais ainda", afirma o estudo.

Números1metro ou mais pode subir o nível do mar até 2100, segundo estudo da WWF 40% das emissões de CO2 devem ser reduzidos pelos países industrializados até 2020 para evitar o degelo BrasilAntártida. Em meados de agosto, o governo brasileiro aprovou uma verba de financiamento para pesquisas científicas na Antártida da ordem de US$ 7,5 milhões, a maior quantia já destinada para a atividade e mais da metade do que o Brasil já aplicou em ciência desde que criou o Programa Antártico Brasileiro, em 1982.Objetivo. Para o Ministério da Ciência e Tecnologia, que liberou os recursos, o objetivo do financiamento é ampliar o conhecimento sobre os fenômenos ambientais na Antártida e suas influências globais, estimulando a cooperação científica com outros países sul-americanos que tenham programas antárticos.


ANTES... (ARTE EFÊMERA - 290 "HOMENS DE GELO" DERRETEM NA SÉ)
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando os sinos da catedral da Sé anunciaram o meio-dia de ontem, a artista plástica Nele Azevedo, 53, começou a dispor 290 pequenas esculturas na escadaria lateral da praça que marca o centro da cidade de São Paulo.

Pequenos homens e mulheres cabisbaixos, como se estivessem sentados nos degraus. Esculturas representativas comuns, se não fosse pelo material com que foram concebidas: gelo.
Aos olhos da platéia que se reunia em torno das esculturas, pés, ombros e cabeça de cada peça começaram a pingar, consumidos pelo Sol do segundo dia mais quente do outono (31,5 ºC) e da pedra dos degraus da Sé.

"Nesse calorão, dá vontade de roubar uma escultura e chupar", brincou o metalúrgico Izaias José, 22. "Essa performance serve para duas coisas: para filosofar sobre a vida e para tomar uísque", comentou um estudante. Na medida em que derretiam, os homenzinhos de gelo ganhavam expressão. Inclinavam-se sobre si mesmos, recostavam-se uns nos outros, perdiam membros, caíam, quebravam e desapareciam numa poça de água. "Derretidos, eles formam um cenário de desolação. É triste vê-los assim, sumindo. Mas lembra a gente de que nada é eterno", ensaiou o preparador físico Wagner Carvalho, 40. Em pouco mais de 25 minutos, sob os aplausos de quem assistiu ao processo de liquefação da arte de Nele Azevedo, a pequena multidão de gelo desaparecera. Segundo a artista, a performance “Monumento Mínimo”, promovida pelo Sesc Carmo, contrapõe os monumentos tradicionais, feitos para durar. “Assim como todos nós somos duração no tempo, criei monumentos para serem esquecidos”.

Antonio Gaudério/Folha Imagem
Estatuetas de gelo da performance "Monumento Mínimo" derretem nas escadarias da catedral da Sé, no centro de São Paulo. Folha de S.Paulo - Arte efêmera: 290 "homens de gelo" derretem na Sé - 08/04/2005 Página 1 de 2

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0804200507.htm%208/4/2005

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

EXPOSIÇÃO - MATISSE NA PINACOTECA DE SÃO PAULO


Uma das odaliscas de Matisse, artista francês que é referência do século 20 e do fauvismo


Folha Online
Henri Matisse/Divulgação


Uma das odaliscas de Matisse, artista francês que é referência do século 20 e do fauvismo
Neste sábado (5), a Pinacoteca do Estado (região central) inaugura "Matisse Hoje", exposição individual de uma das maiores referências das artes do século 20, o francês Henri Matisse (1869-1954). Esta é a primeira vez que São Paulo recebe uma exposição do artista.


A mostra --que faz parte da programação oficial do Ano da França no Brasil-- reúne 80 obras do artista, entre esculturas, desenhos, fotos, documentos e livros ilustrados vindos de coleções públicas e particulares do Brasil e da França. A ideia é apresentar traços característicos do processo criativo do artista, como a combinação única e intensa de cores, linhas e espaço.


Obras de cinco artistas franceses contemporâneos, influenciados pelo universo matissiano, também integram a mostra --Cécile Bart, Christophe Cuzin, Frédérique Lucien, Pierre Mabile e Philippe Richard.


Pertencentes ao acervo da Pinacoteca, trabalhos dos brasileiros Beatriz Milhazes, Rodrigo Andrade, Paulo Pasta, Dudi Maia Rosa, Felipe Cohen e Waltércio Caldas também fazem parte de "Matisse Hoje".


Pinacoteca do Estado - pça. da Luz, 2, Bom Retiro, região central, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3324-1000. Até 1º/11. Ter. a dom.: 10h às 17h30 (c/ permanência até as 18h). Ingr.: R$ 6 (grátis aos sábados). Classificação etária: livre.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MONA LISA GANHA VIDA EM EXPOSIÇÃO DE ARTE HIGH-TECH 3D

Com seu sorriso enigmático, a Mona Lisa de Leonardo da Vinci inspira admiração e especulação há séculos. Agora ela está preparada para responder às perguntas dos curiosos - em mandarim. Uma versão digital e interativa da renomada tela do século 16 é uma das 61 réplicas high-tech que infundem vida a obras de arte da antiguidade e da era clássica na "Exposição Mundial de Arte Clássica Interativa," aberta em Pequim na semana passada.

São recriações de obras de grandes mestres da pintura e pintores modernos renomados, criadas por uma galeria de arte sul-coreana. O organizador da mostra, Wang Hui, comentou que foi preciso dois anos de preparativos, além de um investimento de vulto, para levar as obras à China.

"O que é especial nesse trabalho é que é a primeira vez em que tecnologia 3D, tecnologia holográfica e tecnologia de reconhecimento de voz são mescladas em uma só exposição," disse Wang.

Como a pintura original de Da Vinci, no Museu do Louvre, em Paris, a Mona Lisa digital é a atração principal da mostra na China. Ela acena para os visitantes e conversa com eles, que lhe fazem perguntas sobre sua idade e sua vida. "Alô, sou a Mona Lisa. É um prazer conhecê-lo," diz ela em mandarim.

A Última Ceia é outra tela de Da Vinci que ganha vida digital. Nela, Jesus conversa com os apóstolos e se move pela tela de plasma.

A exposição também inclui uma peça multimídia com réplicas em tamanho natural de estátuas antigas de deuses e deusas gregos e romanos, que se gabam de suas virtudes e beleza e fazem poses.

"Estudei belas-artes na faculdade. Nos estúdios, as obras estão paradas, mas aqui elas estão vivas e se movem. É surpreendente e vívido," comentou um visitante, Zhao Yuanzhi.

Ao mesmo tempo em que procura mostrar a arte sob uma luz nova, a exposição tenta responder a uma das perguntas mais perenes do mundo: o que há por trás do sorriso da Mona Lisa.

Quando a pergunta lhe é feita, o retrato digital é programado a falar sobre como Mona Lisa engravidou após a morte de um filho, tecendo comentários sobre as dores e as alegrias de sua vida. Ela também reconhece que muitas pessoas acham seu sorriso misterioso.


VÍDEO IMPERDÍVEL!

domingo, 30 de agosto de 2009

COLEGA DE FACULDADE E ARTISTA COMPLETO


Daniel Toledo e o Homem Espelho
05Nov08
por Daniel Toledo

Coincidências à parte, o artista carioca Daniel Toledo apresentou pela primeira vez a performance “O homem espelho” em 2004. Em algumas palavras, trata-se de um homem “invisível” que passeia pela cidade vestindo uma roupa e um escafandro completamente cobertos por cacos de espelho. Incorporando algo dos parangolés de Oiticica, o artista supera a idéia de escultura e define a obra como um objeto a ser ativado. Nesse sentido, acrescenta que a obra só existe enquanto as pessoas se relacionam com ela – seja como espectadores ou como reflexos nos cacos.

É impossível apreender qualquer característica própria ao homem espelho, qualquer faceta do seu “mundo interno”. Quem procura algo nele só encontra a si mesmo e aos cacos de outros; não há nada que seja próprio do homem espelho, se não a sua habilidade de chamar atenção para as pessoas que não se encontram e os olhares que, na cidade, não se cruzam. Com sua armadura feita de espelhos, o artista já levou a performance às ruas de Caracas, na Venezuela, e de Paris, na França.

Nascido em 1981, formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage e integrante do coletivo Opavivará, o artista desenvolve ainda trabalhos relacionados a fotografia, ilustração e intervenções urbanas, usando diversos suportes e materiais. Monumentos esteticamente interditados, transfigurações em fotos de família e um homem coisa não-identificado, aparentemente feito de estopa. Observa-se um claro desejo de aproximar a arte da vida cotidiana, num processo que Fernando Cocchiarale, professor, crítico de arte e freqüente comentador da obra de Daniel Toledo, caracteriza como um “transbordamento, e não uma ruptura, em relação à geração dos anos 60″.

sábado, 29 de agosto de 2009

GRANDE TRABALHO E NENHUM RECONHECIMENTO DA FEIRA

A bandeira da Feira com a arte da EBA
Raquel Gonzalez

O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão, ganhou um novo símbolo para comemorar seus 63 anos de história: uma bandeira. O vencedor do concurso promovido para elegê-la foi Luís Henrique Pereira de Almeida, licenciado pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ e freqüentador da Feira. “Entrar para a história artística cultural do Rio é muito significativo para mim”, declara Luis acerca da vitória.
Luís Henrique admira a cultura nordestina e freqüenta a Feira de São Cristóvão há tempos. Formado em Desenho e estudando Artes Plásticas na EBA, dá aulas também de Desenho Geométrico e Artes a estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. Segundo ele, poder diminuir a distância existente entre a arte que leciona e a que é produzida foi outro grande prêmio. “É difícil mostrar aos meus alunos a arte que está sendo exposta em Nova York ou mesmo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Mesmo que eu os leve, é um mundo ainda muito distante. Agora é como se a arte se materializasse para eles. Estou muito feliz por isso também”.
Apesar de visitar freqüentemente a Feira, Luís soube do concurso através de uma propaganda veiculada na mídia e decidiu participar por sua afinidade com a cultura do Nordeste. Com o lema Centro Luiz Gonzaga de tradições nordestinas, o nordeste é aqui, construiu seu projeto pensando em retratar o conjunto de tradições nordestinas dentro do Estado do Rio de Janeiro — o que a feira, na verdade, representa. Luis explica que, em suas primeiras tentativas, utilizou elementos artesanais, musicais e alimentícios nordestinos para simbolizar a região. A imagem, entretanto, ficou poluída visualmente. Ele, então, resolveu utilizar as bandeiras referentes aos estados do Nordeste já que a bandeira remete ao conjunto de um lugar: tradições, paisagens, cultura. Luís Henrique afirma que não esperava vencer e compareceu à premiação apenas por espírito esportivo. A vitória chegou com muita surpresa e emoção e significou, para ele, a marca de seu nome na história. “Quando recebi o resultado, fiquei muito emocionado. E pensei: agora estou na história! Eu lutei por isso, mas não imaginava que viria tão cedo”.
O prêmio recebido foi uma placa com seu nome na entrada da feira e, de acordo com Luís, se a premiação fosse em dinheiro, apenas, não participaria do concurso. Ele fez uma declaração recente à imprensa afirmando que receber esse prêmio foi melhor que ganhar na loteria e ratifica: “acredito fielmente nisso. Acho que, para as pessoas que trabalham com arte, o dinheiro não é mais importante que reconhecimento. O prêmio, para mim, é muito grande. Daqui a cem anos não estarei mais aqui, mas estará lá a bandeira e a placa com meu nome”, afirma.
— O fato de um estudante, já com uma titulação, apresentar seu trabalho na Feira de São Cristóvão, centro de tradição popular e cultural de nossos irmãos nordestinos, é de grande mérito para a EBA e a para a UFRJ. Luís Henrique apresentou sua obra para ser avaliada por um júri popular, ou seja, ele teve plena consciência que o projeto que realizara para a Feira de São Cristóvão ganhava legitimidade ao ser julgado pelo próprio povo que freqüenta o local. Como conseqüência, ele confirma que a arte não é uma escolha das elites, mas um caso da alma, da sensibilidade e capacidade de juízo crítico, independente da erudição e da estatura cultural de cada grupo — declara Ângela Âncora Luz, diretora da Escola de Belas Artes, acerca da articulação da EBA com uma produção de cultura popular.
Luís Henrique afirma, por fim, que ficou muito feliz com a repercussão que sua vitória teve na EBA e que ser reconhecido no local onde estudou é um segundo prêmio para ele.
VEJA A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA: